domingo, 9 de março de 2008


Música, Henri Matisse
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Todo Dia é Dia Dela
José Edson dos Santos


O mito de Eva nasceu da costela de Adão. Com ela surgiu o pecado original e o mistério que as Mulheres costumam produzir. Nos diferentes ritos da natureza humana, ela sabe que a vida é uma constante simbiose e que essa alquimia de viver, é o mais sagrado dos rituais. Ela é clarividente das estações em perfeita harmonia com os astros e constelações e se leva no movimento dos ventos, sentindo a chuva, contemplando os fenômenos da natureza no seu êxtase maravilhoso. Acolhe as florestas, os rios, os pássaros. Possibilita o sol e a lua que molduram sua janela de quintessência. Ela traduz um presente inesperado em nosso imaginário de amor e morte, de paixão e loucura. A humanidade conhece a substância de seu tecido. O perfume embriagador e fatídico de sua presença ao lado do homem concebeu Cleópatra, Lou Salomé, Anais Nin, Frida Kahlo, Olga Benário, Pagu, Luz Del Fuego, Elvira Pagã, Marisa Montini. São tantas outras que somam a luta de todos os dias por entre conquistas e sonhos, dos dias e das noites que testemunham e celebram esse mistério da existência. Agora, nesta diversidade cultural incomensurável, são tantas outras costelas: são putas, donas de casa, peruas, empresárias, beatas, porras-loucas, professoras e operárias. São imprescindíveis no entanto, as mulheres que tanto amamos. Como disse o cronista, Deus criou o mundo em seis dias, no domingo descansou e na segunda criou a Mulher. Ela é eternamente Mulher.

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