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MACAPÁ
Raul Bopp
Macapá molango...
Pia de noite
O murucututú
Ruas escoradas. De chão verde.
Compadre,
esse luar escondidodá uma jurumenha na gente...
Então vamos espiar a fortaleza assombrada:
Tocos de vela num canto de um rancho.
Pai de mandiga tá chamando o mato.
Bocejam os brazeiros.
Em cachimbadas largas
a diamba quebra a nostalgia do sangue.
Uai ore-rê
que o tai-tai tá ahi
As vozes se misturam em tamboreadas seccas:
Zerê tem. Zerê tem. Zerê tem
missa do pando de ore-paco de pagú.
Corra frouxo o tafiá
Ahi ta-fi-á
Biri-birim Biri-birim
Bata-cotô Bata-cotô
Quanndo tu veio eu também
Bata-cotô Bata-cotô
Em redor da fogueira murcha
as negras rengueiam de pé mordido
rebolando o ventre.
Uai ore-rê
que o tai-tai tá ahi
Escorrem vultos longos pelas fóssas da fortaleza
devoradas na sombra.
Então enche-se a noite mole
de uivos de carne mordida, fungando
Toda gente diz que é assombração de lua nova...
...Missa do pango de ore-paco de pagú.
Raul Bopp
Macapá molango...
Pia de noite
O murucututú
Ruas escoradas. De chão verde.
Compadre,
esse luar escondidodá uma jurumenha na gente...
Então vamos espiar a fortaleza assombrada:
Tocos de vela num canto de um rancho.
Pai de mandiga tá chamando o mato.
Bocejam os brazeiros.
Em cachimbadas largas
a diamba quebra a nostalgia do sangue.
Uai ore-rê
que o tai-tai tá ahi
As vozes se misturam em tamboreadas seccas:
Zerê tem. Zerê tem. Zerê tem
missa do pando de ore-paco de pagú.
Corra frouxo o tafiá
Ahi ta-fi-á
Biri-birim Biri-birim
Bata-cotô Bata-cotô
Quanndo tu veio eu também
Bata-cotô Bata-cotô
Em redor da fogueira murcha
as negras rengueiam de pé mordido
rebolando o ventre.
Uai ore-rê
que o tai-tai tá ahi
Escorrem vultos longos pelas fóssas da fortaleza
devoradas na sombra.
Então enche-se a noite mole
de uivos de carne mordida, fungando
Toda gente diz que é assombração de lua nova...
...Missa do pango de ore-paco de pagú.
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