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CRISTINA BASTOS - Nasceu em Uberlândia (MG), em 1960, e vive atualmente em Brasília. Formada em Educação Artística. Sua atividade não se limita à poesia — é artista plástica e fotógrafa e se orgulha de ter pertencido ao grupo “Ladrões de Alma”, que promoveu várias exposições em Brasília. Escreve desde 1972 e tem poemas publicados nas Antologias Poética Hélio Pinto Ferreira, volumes X, XI e XII, e em Intimidades Transvistas (Editora Escrituras), 1997, coletânea de poemas inspirados na obra do artista plástico Valdir Rocha. Assim que publicou seu primeiro livro, Cristina Bastos passou a ser considerada uma das mais importantes vozes da nova poesia de Brasília. Publicações: Decerto Deserto, 1992, Editora Iluminuras; Teia, 2002, Varanda/Massao Ono Editor.
Companhia dos Ratos
Há um rato
devorando meus livros
ouço-o
não o mato.
Mora na estante
dos livros imaginários
ruídos
deixo que ele habite
por indecisão
em destruí-lo,
como eu
se alimenta de letras
e riscos
Qualquer Coisa
Vasa pela fresta
do vaso quebrado
o verbo,
não carece mais
que um insípido objeto
para ser
verso
transbordante
XXI
Artaud
volto a fazer teatro
a escavar no fundo
a gesto de cada ato
A andar nua
na sociedade de trapo.
Verso bailarino
Poemas que dançam
são etéreos
preferem
não ser impressos
valsam
sugerindo.
Decerto Deserto I
Há cactus
há dias
firo meus pés.
Borboletas
me fazem rir
são descaradamente belas
Como podem...
Como pólen
e sou quase
coisa bela.
Com meu cajado
sou grande
quase o deserto,
para o deserto
sou quase
borboleta bela.
Aceito
Se estranha a teia
assimilo o asco
do desconhecido,
aranha enorme,
uma batalha disforme
entre verbo
e a garra do instinto
Nua
A máscara está deposta
desconhece-me
eu sei sobre seu espanto
certamente
não será a última,
já tendo me despido
esqueço-a,
máscaras morrem
quando postas sobre a mesa.
Companhia dos Ratos
Há um rato
devorando meus livros
ouço-o
não o mato.
Mora na estante
dos livros imaginários
ruídos
deixo que ele habite
por indecisão
em destruí-lo,
como eu
se alimenta de letras
e riscos
Qualquer Coisa
Vasa pela fresta
do vaso quebrado
o verbo,
não carece mais
que um insípido objeto
para ser
verso
transbordante
XXI
Artaud
volto a fazer teatro
a escavar no fundo
a gesto de cada ato
A andar nua
na sociedade de trapo.
Verso bailarino
Poemas que dançam
são etéreos
preferem
não ser impressos
valsam
sugerindo.
Decerto Deserto I
Há cactus
há dias
firo meus pés.
Borboletas
me fazem rir
são descaradamente belas
Como podem...
Como pólen
e sou quase
coisa bela.
Com meu cajado
sou grande
quase o deserto,
para o deserto
sou quase
borboleta bela.
Aceito
Se estranha a teia
assimilo o asco
do desconhecido,
aranha enorme,
uma batalha disforme
entre verbo
e a garra do instinto
Nua
A máscara está deposta
desconhece-me
eu sei sobre seu espanto
certamente
não será a última,
já tendo me despido
esqueço-a,
máscaras morrem
quando postas sobre a mesa.
2 comentários:
Amigo poeta...obrigada pela homenagem. Estamos aqui.... navegantes...ridentes......
versadores.................
Beijos azuis ~
no mais,versosversosveee...
Cristina Bastos
cristina
meu nome e dermot
irish doctor que voce encontro em cumuruxatiba,bahia em 92-93
u took fotos of me and Cynim Bu
do u remember they were black and white
house on the hill
my email is dermotoflynn@mac.com
SALVADOR
aqui o yin e yang
da vida
e entre feio e bonita
ciao meu grande salvador
eu estou indo pra seu interior
na Sul da Bahia
em Cumuruxatiba.....
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