O mito de Eva nasceu da costela de Adão. Com ela surgiu o pecado original e o mistério que as Mulheres costumam produzir. Nos diferentes ritos da natureza humana, sabe que a vida é uma constante simbiose e que a alquimia de viver, o mais sagrado dos rituais. Clarividente das estações definitivas em perfeita harmonia com os astros e constelações, sinaliza no horizonte das horas o movimento dos ventos, o sentido do sol, da chuva e contempla outros fenômenos da natureza no seu êxtase maravilhoso. Natureza feminina com toda suas conexões.
Emana e vibra com energia, as florestas, os rios e os pássaros do poente. Uma ponte suspensa que leva a aurora boreal em transe. O sol e a lua molduram sua janela de quintessência que amamos. Essa imbricação traduz o presente inesperado em nosso imaginário de amor e morte, de paixão e loucura. A humanidade conhece a substância de seu tecido onde tece o vestido de sua ternura.
O perfume embriagador e fatídico de sua presença ao lado do homem, concebeu a vastidão e a geografia inusitada do mundo: Cleópatra, Lou Salomé, Anais Nin, Frida Kahlo, Olga Benário, Pagu, Luz Del Fuego, Elvira Pagã, Marisa Montini. São tantas outras que somam a luta de todos os dias por entre conquistas e sonhos, dos dias e das noites que testemunham e sinalizam o mistério prodigioso de sua existência.
Na diversidade cultural incomensurável, são tantas outras costelas: são putas, donas de casa, peruas, empresárias, beatas, porras-loucas, professoras e operárias. Imprescindíveis, no entanto, as mulheres que buscamos para complementar afeição e carinho que tanto procuramos com obsessão. Como disse o cronista, Deus criou o mundo em seis dias, no domingo descansou e na segunda criou a Mulher. Eternamente Mulher. Maravilhados tentamos entender o universo em seu corpo. Outra dádiva de Deus.
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