Pão Moreno
Poesia perdão
Tudo vale a pena
se a alma não é pequena
A vida só é possível
reiventada
Se a vida é curta ou longa
demais para nós
a esperança não murcha
ela não cansa
também como ela
não sucumbe a Crença
Quando o dia está bonito
ainda a gente se distraí
O amor é grande
e cabe nesta janela sobre o mar
mas há a vida que é para ser
intensamente vivida
há o amor que tem que ser vivido
até a última gota
no gelo da indiferença
ocultam-se as paixões
O segredo é não correr
atrás das borboletas...
O perdão vem de qualquer lugar
e por onde passamos
goza, goza da flor da mocidade
Tu não estás comigo em momentos escassos
Abrindo um antigo caderno
foi que descobri
Antigamente eu era eterno
Quando amo
eu devoro
todo o meu coração
Traze-me um pouco de alvura dos luares
O mar é grande e cabe na cama e no colchão do amor
Mas nele é que espelhou o céu
Voltam sonhos nas asas da esperança
Aqui fora está tão frio
e lá dentro está também
Cuidar do jardim para que ele sonhe até você
Se não tocamos o coração das pessoas
Navegar é preciso
Viver não é preciso
Se oculta lava quente
do seio dos vulcões
Vê que nem te peço ilusão
no pensamento meu amor
tu vives nua
O tempo trota a toda ligeireza
não é motivo para não querê-las...
Eu odeio eu adoro numa mesma oração
Poesia perdão
Pão Moreno
Tudo vale a pena
se a alma não é pequena
A vida só é possível
reiventada
Se a vida é curta ou longa
demais para nós
a esperança não murcha
ela não cansa
também como ela
não sucumbe a Crença
Quando o dia está bonito
ainda a gente se distraí
O amor é grande
e cabe nesta janela sobre o mar
mas há a vida que é para ser
intensamente vivida
há o amor que tem que ser vivido
até a última gota
no gelo da indiferença
ocultam-se as paixões
O segredo é não correr
atrás das borboletas...
O perdão vem de qualquer lugar
e por onde passamos
goza, goza da flor da mocidade
Tu não estás comigo em momentos escassos
Abrindo um antigo caderno
foi que descobri
Antigamente eu era eterno
Quando amo
eu devoro
todo o meu coração
Traze-me um pouco de alvura dos luares
O mar é grande e cabe na cama e no colchão do amor
Mas nele é que espelhou o céu
Voltam sonhos nas asas da esperança
Aqui fora está tão frio
e lá dentro está também
Cuidar do jardim para que ele sonhe até você
Se não tocamos o coração das pessoas
Navegar é preciso
Viver não é preciso
Se oculta lava quente
do seio dos vulcões
Vê que nem te peço ilusão
no pensamento meu amor
tu vives nua
O tempo trota a toda ligeireza
não é motivo para não querê-las...
Eu odeio eu adoro numa mesma oração
Poesia perdão
Pão Moreno
Reinvenção edsoneana com colagem poética de: Amanda Avelino, Cora Coralina, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Florbela Espanca, Chico Buarque, Mário Quintana, Vinicius de Morais, Gregório de Matos, Manoel Bandeira, Paulo Leminski, Augusto dos Anjos, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa e Tom Jobim.
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